Ragabash está de volta

“Muitos Invernos se passaram desde meu renascimento. O sangue da aliança já impregna minhas vestes e minhas lembranças parecem encontrar uma barreira, um véu cada vez menos tênue ofuscando o que um dia eu fui. Somente a silhueta de um lobo ainda consegue romper o breu.
Ragabash caiu comigo. Nunca mais o vi. Seu corpo provavelmente foi devorado pelas bestas. Era meu lobo branco, meu companheiro. Caçador.”

De todos os pets que eu tive, Ragabash acabou se tornando meu fiel escudeiro. Quando o peguei, eu já era quase level 40 e já tinha meu felino e uma ave de rapina. O felino demorou muito para eu deleter, pois foi meu primeiro pet e tinha valor sentimental. Nenhum outro sobreviveu como o Ragabash. Tanto que eu nunca fui realmente atrás de um Spirit Beast por causa dele.
Quando mudei para a Horda, não fazia mais sentido continuar com ele pois era um ícone de companheirismo do Night Elf. Tinha sua história forte demais e ve-lo ao lado do Tauren era estranho. Então eu o matei, mas não deletei.
Quando passei para Undean, eu já havia me acostumado com o “The Beast”, meu Core Hound. Depois os pets evoluíram bastante, se tornaram mais funcionais e você passa a lidar com mais de um no mesmo dia.
No entanto, o Cataclysm me trouxe a solução em forma de um Spirit Beast, Karoma. Esse Spirit Beast me deu a chance de manter o lore de meu personagem e trazer de volta um dos meus pets com maior lore entre todos. Apesar de ter sido apenas um lobo fácil de capturar, ele possui uma história única.
Essa semana eu estava, pela milésima vez, procurando por quests em Twilight Highlands (faltam 30) quando o NPC Scan disparou com o Karoma no radar. Sempre deixo um dos cinco slots livres para esses casos. Ao ve-lo, não tive dúvida, Ragabash estava de volta.

Etimologia

Ragabash - A Lua Nova - O Trapaceiro, esse nome vem de um RPG da WhiteWolf, Lobisomem: O Apocalypse, e se refere a um de seus augúrios (classes) de personagens Garous (lobisomem).
Joguei esse RPG por vários anos e se um dia alguém fizer um MMO sobre o universo criado pela WhiteWolf, eu com certeza vou joga-lo.
Os Ragabash são conhecidos entre seus companheiros, os Garou como grandes trapaceiros. Seus Dons (talentos) envolvem furtividade, furto e truques para enganar o inimigo, pois é durante a escuridão de uma noite sem lua, nos cantos obstruídos pela visão que atividades como essas funcionam melhor. Luna concedeu aos Ragabashs, o povo da Lua Nova, as habilidades necessárias para caçar e quebrar as regras.

Citação do livro: Caminhe um pouco comigo à luz da... Como é que é? Não tem luz? Ora, claro que não! Somos os dançarinos da sombra. Luna está envolta em mistério. Claro que não há luz! A luz estragaria toda a diversão! Corra um pouco comigo, e conhecer á a lógica da minha loucura. Eu o levarei para além de você mesmo, para longe dos limites da sua visão.
Só não vá escorregar na caca de cachorro...

Sua História

Eu fazia as quest de Ashenvale quando um Ghostpaw Alpha ou Ghostpaw Howler, não lembro ao certo, por duas vezes me atrapalhou. Na hora, eu xinguei o logo de Ragabash, uma forma pejorativa de “cão sarnento” mas mais sofisticada. Daí veio a idéia de captura-lo e colocar o nome no lobo de Ragabash.
Depois disso, comecei a usa-lo cada vez com maior freqüência. Devemos lembrar que essa troca simples de pet é bem recente. Naquela época você ainda tinha que ir até um estabulo, então você permanecia mais tempo com o mesmo pet.

Karoma <The Wolf Spirit>

Karoma é um spirit beast raro encontrado em Twilight Highlands que possui a mesma skin dos spirit wolves invocados pelos Shamans.  Como o Loque'nahak <Mate of Har'koa>, eles são os únicos que possuem um título.
Entre as suas habilidades, o Ragabash possui o dom “Embasamento da Própria Forma”, que funciona como uma camuflagem. O lobo original não tinha Spirit Walk mas agora, como Spirit Beast, ele se assemelha ainda mais ao seu nome de origem.

 

“Naquele dia, algo inexplicável me fez pousar entre as árvores esparsas de Twilight Highlands. Não fazia idéia doque procurar, apenas desci. Caminhei alguns metros sem me preocupar. Não era uma área perigosa. Poucos inimigos, poucas criaturas, quase um silêncio.
Lá estava ele. Primeiro uma forma tênue, revirando o chão a procura de um rastro. Depois um brilho cristalino, refletindo as folhagens ao seu redor. Inconfundível.
Conheço as lendas locais. O povoado a beira do rio o chama de Karoma. Eu o chamo de Ragabash.”