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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Reino dos Frostsabers - parte 2

Reino dos Frostsabers - parte 2


Evelook estava a poucas horas de distância. Não é um lugar amigável, mas os Goblins conseguem oferecer algum conforto em troca de poucas moedas de ouro. O posto comercial é controlado pelo Cartel Steamwheedle, goblins que decidiram manter-se neutros entre a horda e a aliança, lucrando em diversas cidades e portos. O local possui uma casa de leilões, um banco, um correio e uma hospedaria.


"Tudo que é necessário para uma boa estadia em Winterspring."


A estrada, levemente elevada, começa aos poucos a revelar as muralhas circulares, erguidas sobre um platô a cerca de cem metros da estrada principal e que protegem o comércio em seu interior. Um único portão de pedra permite a entrada na cidade, mantendo em lados opostos os estábulos da aliança e da horda. Uma precaução tomada após muitos conflitos entre caravanas dos dois lados.


- Agora mantenha a calma, amigo. - acariciou os pelos do pescoço, evitando que Ragabash corresse até o primeiro horda a vista. Não haviam muitos e os poucos que transitavam na cidade ainda eram inexperientes. Não causariam problemas.


Precaução tomada, o elfo entrou na única hospedaria do lugar e, se as coisas permanecessem as mesmas, Vizzie ainda seria a dona da espelunca. O local cheirava pior que os estábulos dos grifos, mas teria que se acostumar.


- Olá Vizzie, poderia me arranjar um quarto? - a goblin, uma figura estranha, repleta de brincos e vestindo um roupa de pele de urso, um dos principais produtos do posto, colocou sua caneca de run sobre a mesa e dirigiu um olhar desinteressado ao forasteiro. Night Elfs entravam e saíam o tempo todo de seu estabelecimento. Não lembraria de um rosto, exceto se ele tivesse lhe causado problemas.


- Por quanto tempo? - Argalad hesitou por um tempo.- Fique com o do final do corredor então. - atravessou a sala até um precário quadro de chaves e retirou uma delas, entregando em seguida ao elfo. Os quartos dos fundos normalmente eram destinadosa clientes com um longo período de estadia.


"Um quarto simples", era a melhor forma de descrevê-lo. Uma pequena escrivaninha, caso o hospede fosse letrado, cobria um terço da janela e encostava seus lados na cama e na parede oposta. Apenas um colchão de palha repousava sobre a cama, sem nenhum outro item em todo o local. Caso precisasse de algo, teria que pedir. Deixou suas coisas sob a escrivaninha e deito-se por uns instantes. Locais goblins eram fortemente protegidos por magias e poderia descansar sem maiores preocupações.


O dia raiou ensolarado, com uma réstia refletida em sua cota de malha. Não lembrava a última vez que dormira tão bem. Era estranho pensar dessa forma olhando para um ambiente tão singelo. Ragabash gemeu e levantou sua cabeça, aparecendo aos pés da cama preguiçosamente. Precisava se apressar se quisesse alcançar o norte antes do meio-dia. Pegou apenas o necessário para um dia de caça, atirou um naco de carne preparada com condimentos de Dalaran ao lobo e saiu apressado, trombando com um Tauren que acabara de abrir a porta defronte a sua.


- Hutgar ahg werzav! - resmungou o touro em seu próprio idioma, parecendo mais surpreso do que irritado. A primeira coisa que passou por sua cabeça era "se a cama do quarto do Tauren seria do mesmo tamanho que a sua". Olharam-se por uns instantes e seguiram seus caminhos. Esse Tauren carregava muitas marcas de batalha e equipamentos de arena bem avançados, não poderia subestima-lo. Um confronto direto não deixaria boas lembranças.


Saiu da estalagem e caminhou alguns metros até o correio de Evelook. Havia deixado instruções em Stormwind para que lhe enviassem materiais para suas transmutações diárias, pois não houve tempo de comprá-los antes de partir. Um pequeno pacote com algumas Monarch Topaz e Eternal Shadow o aguardava. Material suficiente para uma semana e caso precisasse de mais, bastava enviar uma carta ao seu mercador. Não precisava da embalagem, então jogou a caixa fora e guardou os itens em sua mochila. Com tudo devidamente acomodado, montou em seu tigre e deixou a proteção da pequena cidade para trás.


"Comerei algo mais tarde", não havia lembrado de seu desjejum.


continua...

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